segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A ENIGMÁTICA E CONTROVERSA SUPERSTAR DA POLÍTICA DE PIANCÓ


Se traçar um perfil da pertinaz prefeita de Piancó, Flávia Serra Galdino, em situação normal, já é difícil, mesmo para os que a conhecem muito bem de perto, mais difícil se torna descrevê-la neste clima de euforia e vitória que ora a envolve, e em que ela se consagra como a personalidade política mais poderosa e influente de Piancó, no final desta primeira década do Século 21.

É que não se sabe o que se lhe passa pela cabeça, e, conhecendo-se a peculiar imprevisibilidade de muitas de suas reações, chega-se facilmente à conclusão de que descrevê-la neste momento poderá tornar-se muito mais difícil ainda.

Até para os mais íntimos é trabalhoso penetrar em todos os pormenores que possam facultar uma compreensão mais clara dos meandros da personalidade de Flávia. Algo de enigmático nela se confunde com seus dotes poderosamente influentes e com sua espantosa habilidade no trato pessoal. Tal dualidade a trona ao mesmo tempo esquisita e cativante, o que lhe tem dado inúmeras vantagens em sua luta para convencer e impressionar as pessoas, muito especialmente o eleitorado de Piancó.

Olhar Flávia, ver Flávia, compreender Flávia é um custoso exercício de penetração em coisas que ora parecem compreensíveis, ora enigmáticas, e que chegam a sensibilizar profundamente tanta gente em Piancó...

Alguns concebem Flávia como uma interrogação... um enigma... um mistério... Mistério que tanto tem inquietado e desconcertado a conservadora e estagnada política de Piancó. Não é novidade alguma ouvir alguém dizer aqui que não se sabe que mistério é esse que Flávia tem... Mas os que a veneram como “guerreira” sabem muito bem que mistério é...

Por mais esforço que se faça para compreender Flávia, mais se descobrem nela interrogativas singularidades que a diferenciam do comum de grande parte das mulheres. Além de seu natural carisma, teatraliza, quando lhe convém, situações pessoais, com tal mestria, que ilude até mesmo os que têm pleno conhecimento de suas geniais e artísticas simulações.

Mas, extremamente sensível, também se rende facilmente à meiguice e ternura dos que a rodeiam... e se confunde com os pobres... com os excluídos... com os discriminados... com os carentes de reconhecimento e afeto... e os seduz... e os avassala... e os domina...
Há, porventura, em Piancó outro vulto político que proceda assim, ou seja, que se identifique com tanta intimidade principalmente com os menos favorecidos... e que lhes conheça as necessidades... as fraquezas... as dores... e que os conquiste.. hipnotize.... e domine?...

Os que conheceram Flávia criança falam de admiráveis manifestações de sua vivacidade intelectual e astúcia, a ponto de, por exemplo, chegar ao engenhoso artifício de, sem sequer saber ainda as primeiras letras, deitar-se de bruços no solo, saracoteando, diante de um livro, cujos textos fingia ler, cadenciadamente, dizendo coisas, a seu pensar e com tal graça e fluência, que deixavam perplexos e deslumbrados os que com isso passavam a acreditar já saber ela ler tão bem e tão precocemente.
E que dizer de tamanha astúcia na política?...

E, à medida que o tempo foi passando, a inteligência e vivacidade (e também a impulsividade) de Flávia foram denunciando a que ponto sua potencialidade pessoal iria chegar. Foi sempre autêntica, senhora de si mesma, obstinada em seus propósitos, teimosa, irredutível por vezes, indomável até... e inflexivelmente aguerrida...

Esse traço caracteristicamente combativo do complexo e multifacetado caráter de Flávia despontou muito cedo. Já na infância, deu ela sinal evidente de que não cederia facilmente a pressões nem a nada que a contrariasse, e, tampouco, deixaria de revidar, a qualquer custo, a quem se lhe opusesse. Dizem que ela sempre procurava sobressair em tudo o que lhe dissesse respeito, e persistia insistentemente em impor suas opiniões.

Na universidade, sua inteligência fecunda e maleabilidade verbal indicaram vibrantemente suas potencialidades na medicina e no manejo da persuasão social. Iniciava-se, assim, a profissional competente e a líder influente, que predominaria no seio popular de Piancó como a “doutora”, a
“guerreira”...

Flávia (tal qual Hitler) é o tipo perfeito dos que não admitem ser contrariados em seus propósitos, e cujo vulto sobranceiro (quando os ventos das circunstâncias lhe sopram a favor, como é o caso do que ora lhe ocorre politicamente em Piancó) tanto inibe e dissuade seus mais intransigentes adversários, quanto fascina e arrebata seus entusiasmados seguidores... Seguidores que, impressionados, cada vez mais lhe demonstram temor, admiração e confiança... Sim, exatamente isso, sem tirar nem pôr: temor, admiração e confiança... temor, por lhe temerem a força do poder; admiração, por lhe venerarem a audácia e ousadia; confiança, por a terem como sua imbatível “guerreira”... A quem duvidar de tudo isso basta atentar para o que aconteceu em Piancó nessas eleições de 2010, e, com toda a certeza, se lhe desfará imediatamente o ledo engano...

De mente aberta e brilhante para assimilar conceitos e conteúdos, Flávia se distinguiu nos estudos, mostrando seu considerável e potente talento para apreender conhecimentos e aptidões, e, sobretudo, para visualizar situações e agir com prontidão. Tais fatores foram decisivos para sua proeminência pública na saúde e revolucionária dinamização na política de Piancó.

Fica, pois, bem evidente que Flávia deve mais a si própria que aos outros sua projeção profissional e política. Por isso mesmo é que ela se revela tão segura de seu potencial interior, tão ousada em suas decisões (temerárias, muitas vezes), tão audaz em se fazer impor...

Embora, de quando em quando, costume levar tudo de afogadilho, sem se preocupar com pormenores organizacionais (e isso se tem visto em sua gestão executiva municipal), Flávia é de uma capacidade cognitiva e operacional incomum. Assenhoreia-se de qualquer assunto com facilidade e rapidez incríveis. Torna-se especialista em qualquer tema em muito pouco tempo, quando quer.

Em suas investidas em busca do SAMU e de outros serviços de saúde para Piancó, esses predicados lhe valeram muito, pois lhe fortaleceram o vigor e a perseverança de bater-se contra as dificuldades que lhe surgiram no caminho, ou, dizendo melhor, que lhe surgiram em Piancó, na região e em Brasília...
Convém lembrar que, por mais incrível que pareça, Flávia chegou a enfrentar certas dificuldades e empecilhos em Piancó para a implantação do SAMU, pelo qual ela tanto se havia esforçado...

Hesitante, a princípio, em entrar na política, talvez por não se sentir com pendor para a vida pública, ou para não comprometer sua carreira médica, Flávia acabou por ceder ao apelo de seu pai Gil Galdino para sucedê-lo no poder. E, de repente, a meiga e carinhosa pediatra, tão dedicada a cuidar das crianças, ergueu-se, impetuosamente, com intimidadora altivez, e passou a combater ferrenhamente seus adversários, numa luta sem tréguas e cada vez mais tenaz contra os que se interpunham em sua ambiciosa trajetória para a preponderância política em Piancó.

Transpondo o maior obstáculo

Convicta de suas habilidades pessoais, e percebendo claramente as fragilidades do conservador modo de fazer política de Piancó, Flávia determinou-se a tirar de cena seu adversário mais poderoso: Edvaldo Leite de Caldas, cuja liderança o levara a vários mandatos de prefeito e a firmar-se como respeitável cacique político.

Arrebatando o poder a Edvaldo, Flávia salientou-se rapidamente. O próprio fato de sobrepujá-lo, associado ao intensivo bombardeio retórico que ela, astutamente, passou a desfechar sobre a população piancoense, acabou por consagrá-la como imbatível. E logo a rotularam de “guerreira”, denominação extremamente insinuante, que lhe trouxe imediato prestígio popular. Tanto se arraigou no sentimento dos admiradores de Flávia esse epíteto, que eles o ampliaram para “nossa guerreira”, o que constitui inequívoca evidência do vínculo afetivo estabelecido entre ela e a população. Vínculo que a medicina e a saúde dadivosamente lhe ofertaram como fundamento para sua elevação na profissão e na política.

Dissuadindo o Terror dos Corruptos

Num breve relancear de olhos pelos últimos acontecimentos políticos de Piancó, facilmente se percebe quanto nossa política sofreu transformações, positivas umas, negativas outras, as quais, em vez de nos fazerem evoluir para o consenso e solidariedade, levaram-nos à apreensão, incerteza e intranquilidade... e nos deixaram atônitos, constrangidos e decepcionados..

O vereador petista Antônio de Pádua Pereira Leite, autointitulado o Terror dos Corruptos, o Vereador de Lula, tem-se contrariado na convulsão política em que Piancó mergulhou. Convulsão provocada pela torrente das extremadas paixões político-partidárias, típicas de nosso secular clientelismo, e por ações e atitudes do próprio vereador Pádua, as quais – frustrantes, infelizmente, para ele – não têm correspondido aos resultados esperados por esse combativo (mas também impulsivo) militante do PT.

Obstinadamente (há quem diga obsessivamente) o vereador Pádua – no seu afã de fiscalizar a gestão pública de Flávia – escarafunchou tudo quanto pudesse conspirar contra a administração dela, e tornou-se frontalmente (como se depreende de seu site Pádua Leite.com e de outros meios de divulgação) o maior antagonista político da igualmente combativa (mas também impulsiva) governante de Piancó.

Mas, verdade seja dita, pelo menos num ponto Pádua declinou de sua prerrogativa de fiscalizar a gestão da prefeita Flávia (é o que se comenta em Piancó e mostram as evidências), pois passou a usar de expressões impróprias, que, por mais culpada fosse Flávia, não lhe deveriam ser dirigidas publicamente...

Por força da proximidade sentimental do advogado Remígio Júnior a Flávia, também acabou ele por envolver-se com o conflito entre ela e Pádua. Por sua vez, também o jovem Daniel Galdino, filho de Flávia, não pôde escapar de ser colhido por esse indesejável impasse. E ambos, melindrados, passaram a antagonizar-se com Pádua...
A razão parlamentar do vereador Pádua contra a razão afetiva de Remígio Júnior e a razão filial de Daniel Galdino. Razões do coração, que a própria razão desconhece...

O certo, porém, é que a maneira acre e contundente como Pádua tem combatido Flávia não poderia trazer os resultados pretendidos por esse resoluto petista.
Movido pela imoderação e impulsividade, ele simplesmente extrapolou os limites da ponderação e sensatez, e disse o que não deveria dizer... Feriu susceptibilidades, gerou antagonismos, provocou ressentimentos...

No fiscalizar o governo de Flávia, deveria Pádua tê-lo feito moderadamente, com equilíbrio emocional, com prudência, ou, mais rigorosamente falando, com sabedoria...

Quanto a falhas administrativas de Flávia não vinha absolutamente ao caso ir Pádua além do permitido pela ética, e dirigir-se ofensivamente a ela. É o caso, por exemplo, de haver ele dito na Rádio Cidade local, quando recentemente lá esteve a tratar de sua decisão de permanecer no mandato de vereador (ao qual estavam insinuando querer ele renunciar), que não descansaria enquanto não prendesse Flávia... Afirmação sem dúvida pretensiosa, que naturalmente haveria de provocar aversão não só em Flávia, Daniel Galdino, Remígio Júnior, mas também em parentes deles e em pessoas que lhes são próximas...
Que Pádua, inteligente como é, se convença de que é natural e consequente a reação advinda de tudo isso...

Friamente indiferente aos ataques de Pádua, apesar da espantosa quantidade de processos que ele lhe tem movido na Justiça, por improbidade administrativa, Flávia desdenhosamente atribui ter Pádua fixação na pessoa dela, a ponto de seu nome predominar nos pronunciamentos desse persistente vereador.

Mas Flávia não para por aí, e vai mais longe: oferece ajuda psiquiátrica (note-se bem: PSIQUIÁTRICA!!!...) a Pádua... e conquista o apoio do vereador oposicionista José Bráulio de Souza Júnior (Dr. Rato), do PTB... e tira, assim, a maioria da oposição na Câmara, de cuja Mesa Diretora assegura, com isso, a reeleição... e induz que melhor seria Pádua renunciar ao mandato, pois seu discurso perdeu o sentido... e leva muita gente a acreditar ser essa a melhor saída para ele (até mesmo seguidores e familiares de Pádua já pensam assim)...

No ápice do poder

Rompendo com o conservadorismo de seu pai, e obstruindo-lhe a liderança política, Flávia, indiferentemente à reação da população, lançou em Piancó
seu “novo modelo” de governar, cuja principal característica consiste no mínimo possível de seu comparecimento à Prefeitura.

Barrando certas ingerências de Gil Galdino, deixou Flávia bem clara sua inflexibilidade ante o próprio pai e ante seja lá quem for...

Meticulosamente, passou ela a observar os pontos fracos do procedimento político de Edvaldo atualmente. Percebeu que ele se mantinha estranhamente calado em situações em que sua palavra bem poderia gerar tendências na população, como, por exemplo, no tocante à maçante questão da UTI do Hospital de Piancó. Aproveitando-se do silêncio de Edvaldo, que o deixava de certa forma afastado das discussões dos problemas da sociedade,
Flávia usou de todos os seus dons oratórios e de sua espetaculosidade para se fazer ver (incrível: até na Prefeitura!...), ouvir e impressionar...

Se alguém tiver dúvida sobre se tal atitude de Flávia deu resultado, é só analisar o interessante resultado que ela obteve nas eleições de outubro passado: A MAIS PODEROSA E INFLUENTE PERSONALIDADE POLÍTICA DE PIANCÓ!... Quem quiser comprovar ou desmentir isso pergunte à população...

E, extasiados, dizem os admiradores (e até adversários) de Flávia: Em Brasília: poderosa e influente no Congresso Nacional; em João Pessoa: poderosa e influente na Assembleia Legislativa e no Palácio da Redenção (mas aqui muitos dizem que nem tanto, porque – admitem eles – a linha política do governador Ricardo Coutinho não se coaduna com a de Flávia...)... Em Piancó: poderosa e influente na Prefeitura e na Câmara (mas aqui comentam que também nem tanto, pois acredita-se que a oposição sonha em trazer o vereador Dr. Rato de volta...)...
Eis FLÁVIA GALDINO: A MAIS PODEROSA E INFLUENTE PERSONALIDADE POLÍTICA DE PIANCÓ!... Mas... POR MUITO OU POR POUCO TEMPO?...

Se de Flávia depende muito a resposta, da oposição depende muito mais ainda...